segunda-feira, 31 de maio de 2010

sábado, 29 de maio de 2010

Internacionalização da Amazônia; não. Internacionalização do Mundo; sim!!


ESTA MATÉRIA FOI PUBLICADA NO NEW YORK TIMES/WASHINGTON, POST, TODAY E em alguns jornais da Europa e Japão. Por que aqui no Brasil não foi divulgado?
Vale a pena ler, aliás, merece ser lido, afinal, não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos...
Trata-se da resposta de um brasileiro, ex-governador do Distrito Federal, Cristóvão Buarque, quando questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, introduziram, ainda, que esperavam a resposta de um humanista e não de um brasileiro.

Essa foi a resposta do Sr. Cristóvão Buarque:

“De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia , sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.
Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!”.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

do lixo ao luxo...




Hoje é fundamental saber consumir o nosso lixo!!!
Quando forem as compras pense bem onde vai parar tudo aquilo que você tá comprando... se é latinha você já tem que ter em mente o q fará com ela; há usina de reciclagem na sua região?


Vai compra vidros? conhece alguma doceira pra fazer compotas e doar para elas...? ou usar pra guardar coisas, obejtos de casa desde temperos a bijux!!!
Vai comprar papel...? e depois o que fará com ele...?


Plásticos esse são os mais perigosos!!! então se você não tem como escapar dos plásticos invete moda com eles, crie bolsas, porta isso porta aquilo... temos q aprender a conusimir lixo!!!!! isso é fundamental pois lixo com mto bom gosto e sabedoria vira luxo!!!


ps: latinhas são ótimas pra decoração de festas!! e garrafa pet tmb!!!! garrafa pet vira bolsa, vira enfeite... mas vc não precisa comprar se vc for até o parque, q fica na vila A atrás do antigo Floresta e agora UFTPR onde o GRUPO PLANTAR está recuperando, você encontra dessas coisas...






texto: Cristiana Villas Bôas
imagens: www.sonholilas.com.br

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Um círculo vicioso mortal, por Leonardo Boff da Comissão da Carta da Terra:



Prestem atenção nesse cara:

Estamos todos sentados em cima de paradigmas civilizacionais e econômicos falidos.

É o que nos revela a atual crise global com suas várias vertebrações. Nada de consistente se apresenta como alternativa viável a curto e a médio prazo. Somos passageiros de um avião em vôo cego. O que se oferece é fazer correções e controles à la Keynes, que, no fundo, são mudanças no sistema, mas não do sistema!

É esse sistema que comparece como insustentável, incapaz de oferecer um horizonte promissor para a humanidade.

Por isso, a demanda é por um outro sistema e um outro paradigma de habitar esse pequeno, velho, devastado e superpovoado planeta. É urgente porque o tempo do relógio corre contra nós e temos pouca sabedoria e parco sentido de cooperação.

Estamos, pois, enredados num círculo vicioso letal. Dois impasses estão à vista, gostem ou não os economistas, “os salvadores” do mundo: um humanitário e outro ecológico.

E aqui estamos nós, Sr. Boff, os voluntários chegaram e muitos ainda virão. Nós ouvimos, abaixamos a cabeça e estamos trabalhando com determinação e com muita esperança.

Os problemas que iremos enfrentar, segundo Boff:

Limite é de natureza ética:

“A consciência planetária, surgida à deriva da globalização, suscita a pergunta: quanto de inumanidade e de crueldade agüenta o espírito humano ao verificar que 20% das pessoas consomem 80% de toda a riqueza da Terra, condenando o resto à cruz do desespero, encurralados nos limites da sobrevivência? Esta aceitará o veredicto de morte sobre ela? Ela resiste, se indigna e, por fim, rebelará por instinto de sobrevivência. O ideal capitalista de crescimento ilimitado num planeta limitado parece não ser mais possível ou só sob grande violência.”

Limite Ecológico:

“O capitalismo criou a cultura do consumo e do desperdício cujo protótipo é a sociedade norte-americana. Generalizar essa cultura – cálculos já foram feitos – precisariam de duas ou mais planetas Terra, o que torna o propósito irrealizável.

Por outro lado, encostamos nos limites dos recursos e serviços da Terra e os ultrapassamos em 40%. Todas as energias alternativas à fóssil, mantido o atual consumo, atenderia somente 30% da demanda global. Como se depreende, desse mesmo modelo, somos um sapo sendo lentamente cozido sem chances de saltar da panela.”


Há esperanças. Há três propostas criativas: a da economia solidária que não mais se guia pelo objetivo capitalista da maximização do lucro e de sua apropriação individual. (que é onde nós entramos, galera!). A do escambo com moedas regionais. A terceira é a biocivilização e da Terra da Boa Esperança, do economista polonês que dirige um centro de pesquisa sobre o Brasil em Paris: Ignacy Sachs. Ela confere centralidade à vida e à natureza, tendo o Brasil como o lugar de sua antecipação!

As três são possíveis, mas não acumularam forças o suficiente para ganhar hegemonia. Talvez essas três propostas poderiam nos salvar, mas teremos tempo hábil? Bem dizia Gramsci: “o velho não acaba de morrer e o novo custa em nascer”. Não se desmonta uma cultura de um dia para o outro. Quem está acostumado a comer bife de filé dificilmente se resignará a comer ovo.

Meu sentimento do mundo diz que vamos ao encontro de uma formidável crise generalizada que nos colocará nos limites da sobrevivência. Apenas quando a água chegar aos nossos narizes é que vamos fazer de tudo para nos salvar? Possivelmente seremos todos socialistas, não por ideologia, mas por necessidade: os parcos recursos naturais serão repartidos equanimemente entre os humanos e os demais viventes da comunidade de vida...

Santo Agostinho sabiamente ensinou que dois fatores ocasionam em nós grandes transformações: o sofrimento e o amor. Devemos aprender agora, já, a amar e a sofrer por esta única Casa Comum a fim de que possa ser uma grande Arca de Noé que albergue a todos. Então será, sim, a Terra da Boa Esperança, um sinal de um Jardim de Éden ainda por vir.

Leonardo Boff da Comissão da Carta da Terra.



"oCriador diz: Vende-se bola azul, 6 bi de anos de uso, milhões de espécies incluídas. Grátis um apocalipse. Garantia estendida até 2012.

Ah, não Criador, "tamo" só começando...


PENSANDO BEM...

"Pela dinâmica expancionista, o capital põe em perigo ou destrói suas próprias condições, a começar pelo meio ambiente natural." Michel Löwy, no livro Ecologia e Socialismo

"A produção capitalista só desenvolve a técnica e a combinação do processo de produção social ao minar as fontes de toda a riqueza: a terra e o trabalhador." Idem

"Agora a Terra está mudando, de acordo com suas regras internas, para um estado em que já não somos bem-vindos." James Lovelock, no livro A Vingança de Gaia

"Rogo aos meus amigos verdes que repensem sua crença ingênua no desenvolvimento sustentável e na energia renovável, e que poupar energia é tudo o que precisa ser feito." Idem

"Temo que nossos filhos e netos, olhando para o nosso tempo, tenham motivos para nos amaldiçoar e nos devotar um soberano desprezo, porque não fizemos o que devíamos." Leonardo Boff

"Precisamos enfrentar o fato, meus amigos, de que o amanhã é hoje. Estamos de frente para a feroz urgência do agora. E nesse dilema da vida e da história, existe o que se chama chegar atrasado." Martin Luther King

"Desenvolvimento sustentável e capitalismo são incompatíveis." Juvêncio Mazzarollo, filósofo da obviedade!


A todos, Foz do Iguaçu, integrantes e colaboradores do projeto, como anfitriões, saúdam e querem oferecer o melhor bem-estar e o maior proveito possíveis, apesar de suas limitações e esperam estabelecer laços de uma união imorredoura em torno da convicção de que um novo mundo é possível e será construído.
Todos os que estão aqui, aqui estão porque sabem e vivem a situação dramática, ameaçadora a que a humanidade chegou por caminhos que não deveria ter percorrido, e estão dispostos a corrigir a rota enquanto há tempo.
Sim, ainda há tempo, por isso há esperança. Esperança é o que move todas as pessoas de boa vontade, do bem. Sem ela, melhor seria terem todos permanecido em casa conformados com a tragédia que se anuncia e que, a cada dia, dá sinais mais visíveis de aproximação.
Mas aqui estão, e isso é animador, porque têm uma oportunidade muito especial de se instrumentalizar, de se armar para essa verdadeira guerra que a humanidade tem de travar, a menos que prefira se resignar com a desgraça, com a ruína que vem cavando para si própria.

"A Mãe Terra ama seus filhos e que o melhor pra eles, mas não mais aceitará ser por eles maltratada como vem sendo. Se seus filhos a respeitarem e dela cuidarem, ela estará sempre disposta a lhes garantir vida plena e bem-estar, hoje e sempre."

OUTRO MUNDO É POSSÍVEL E DEVE SER CONSTRUÍDO!

juvencio@itaipu.gov.br

Bem escrito, Juvêncio. Valeu!

sorriso, sapiência e muito trabalho











fotos by: Cristiana Villas Bôas

Plante você também esta idéia !!!

O Grupo Plantar é uma semente que vai crescer e se tornar uma bela árvore de raíz forte como a educação, belas flores como a cultura, frutos saborosos como a saúde e o bem viver, e desta surgirão outras sementes que darão novas árvores, mais frutos e muito mais cores, pois somos parte de uma região onde a pluralidade é a essência cultural !
É com muito carinho que falo deste projeto e falo para todos vocês do Grupo Plantar, que tive a oportunidade de conhecer, estudantes de biologia, farmácia, gestão ambiental e pública, psicologia, entre tantos outros que estão colocando seu suor dia-à-dia, para não somente a realização de uma idéia e sua concretização e sim na dedicação de um bem humanitário.
Toda semente precisa de água, luz e cuidados, e esta não é diferente, como toda semente é preciso regá-la com dedicação, suor e sabedoria, e isso todos vocês têm !

Sucesso para todos e mãos à obra literalmente !!!



texto by: Cristiana Villas Bôas